CLASSIFICAÇÃO
As variedades de Azeitona típicas do Baixo Alentejo - margem esquerda do guadiana - são a Galega, a Cordovil e a Verdeal:

Galega Grado de Serpa

Árvore bastante vigorosa, com tendência de crescer em altura.
Folhas de forma elíptica, plana, de cor verde escuro na página superior e verde acinzentado na página inferior, e uma grande densidade das mesmas.
O fruto tem forma esférica e simétrica, e pesa entre 2,5 a 3,5 gramas.
Tem cor verde, evoluem para um verde mais claro e finalmente passam a preto intenso.
O caroço é ovóide e com superfície lisa.
Devido à grande densidade de folhagem, está bastante sujeita a ataques de cochonilha e de fumagina.A maturação é temporã.
Apresenta boas produções mas tem grande queda natural dos frutos.
Tem um rendimento médio em azeite (17 a 20%).
A resistência dos frutos ao desprendimento torna difícil a colheita com vibrador de troncos.

Cordovil de Serpa ou Moura

Árvore de grande porte.
Folhas elípticas de verde escuro na página superior e esbranquiçadas na página inferior.
A ramagem é pouco espessa mas vigorosa.
É uma árvore que tanto cresce na vertical como na largura.
Os frutos são elípticos, de 3 a 4 gramas, de cor verde claro e que evoluem para preto vinhoso.
O caroço é elíptico de superfície pouco rugosa.
É medianamente resistente à mosca, mas muito sensível à tuberculose.
A maturação é tardia.
É uma variedade de boas produções, com alto rendimento em azeite (23 a 26%).
O difícil desprendimento dos frutos dificulta a colheita por vibrador de troncos.

Verdeal de Serpa ou Moura

Variedade vigorosa com grande volume de copa, na margem esquerda do Guadiana.
Os frutos têm forma elíptica ou ovóide, de 3 a 5 gramas, de cor verde intensa que evoluem para a cor arroxeada.
O caroço é elípsodial assimétrico com superfície rugosa e estrias profundas.
É pouco resistente à mosca.
Adapta-se a solos húmidos.
A sua maturação é tardia.
È uma variedade produtiva e com bom rendimento em azeite (22 a 24%).
Adapta-se regularmente à colheita com vibrador de troncos.


O azeite classifica-se segundo o processo de produção da seguinte forma:

Azeite refinado - produzido pela refinação do azeite virgem, que apresenta alta acidez e incidência de defeitos a serem eliminados na refinação. Pode ser misturado com o azeite virgem.

Azeite virgem - obtido por processos mecânicos. Dependendo da acidez do produto obtido, este azeite pode ser classificado como sendo do tipo extra, virgem ou comum. O azeite virgem apresenta acidez máxima de 2 %.

Azeite extra virgem - O azeite não pode passar de 0,8 % de acidez (em ácido oleico) e nem apresentar defeitos. O órgão que os regulamenta e define quais defeitos são catalogados é o Conselho Oleícola Internacional.

O Azeite comum é obtido da mistura do azeite lampante, inadequado ao consumo, reciclado por meio de processos físico-químicos e sua mistura com azeite virgem e extra-virgem. O azeite comum não possui regulamentação.